Milton Nascimento é definido como “divindade musical” pelo The New York Times
O jornal The New York Times, um dos mais influentes veículos de comunicação do mundo, consagrou o cantor brasileiro Milton Nascimento como uma “divindade musical”. Em um artigo assinado por Jack Nicas, o jornalista destaca o legado artístico do cantor mineiro, sua influência mundial e sua contribuição para a popularização da música brasileira no cenário internacional.
“Floresceu (como) uma das grandes vozes da música, uma força atérea que percorria oitavas com emoção e energia, deslizando perfeitamente entre um barítono aveludado e um falsete celestial. A voz singular de de Nascimento e sua ascensão às notas mais altas ajudaram a influenciar uma geração de artistas. Em entrevista, Paul Simon, descreveu sua voz como uma ‘mágica sedosa’. Philip Bailey, cantor da Earth, Wind & Fire, comparou-a com ‘uma bela praia brasileira’. Sting disse que havia ‘verdade na beleza’ dela”, afirmou o jornal.
Milton Nascimento é um dos maiores nomes da Música Popular Brasileira e o Portal Willian D’Ângelo destaca nesta reportagem a história deste artista que nasceu no Rio de Janeiro, no dia 26 de outubro de 1942. Ainda criança já mostrava interesse pela música. Com dois anos ficou órfão de mãe, passando a morar com sua avó em Juiz de Fora, Minas Gerais. Com seis anos foi morar em Três Pontas com os pais adotivos, o bancário e professor de Matemática Josino Campos e a professora de Música Lília Campos.
Com 13 anos ganhou seu primeiro violão. Aos 15 anos, Milton criou com Wagner Tiso, seu amigo de infância, o grupo vocal “Som Imaginário”. Logo depois criaram o “W’s Boys”, com Milton, Wagner, e seus irmãos Wesley e Wanderley. O grupo se apresentava nos bailes da região.
Em 1963, Milton mudou-se para Belo Horizonte, para fazer o vestibular de Economia, mas a música predominou. Na época, formou com Lô Borges, Beto Guedes, Márcio Borges e Fernando Brant, o “Clube da Esquina”.
Em 1966 foi para São Paulo, mas estava difícil conseguir que suas músicas fossem gravadas. A sorte começou a mudar em setembro desse mesmo ano, quando conheceu Elis Regina, que gravou “Canção do Sal”, sua primeira música.
Em 1967, Milton Nascimento teve três músicas classificadas no Festival Internacional da Canção da TV Globo, que consagrou o cantor como o melhor intérprete. A música “Travessia”, composta em parceria com Fernando Brant, conquistou o segundo lugar no festival.
As outras duas canções classificadas foram “Maria, Minha Fé” e “Morro Velho” que ficou em sétimo lugar. Nesse mesmo ano lançou seu primeiro disco solo e realizou diversos shows.
Em 1968 deu início à sua carreira internacional, excursionando pelos Estados Unidos, quando gravou o disco “Courage”. Em 1972 lançou, junto com Lô Borges, o álbum “Clube da Esquina”.
Com o sucesso, Milton gravou com Wayne Shorter e Sarah Vaughn. Em 1994, com “Angelus”, reuniu vários convidados internacionais, como o ex-vocalista do grupo inglês Yes, John Anderson.
Com uma longa carreira, Milton lançou 42 álbuns e conquistou vários prêmios, entre eles, quatro Grammy. Seu nome esteve diversas vezes na lista dos melhores das publicações “Down Beat” e “Billboard”.
APOSENTADO E SEM VOLTA
Aposentado dos palcos desde 2022, Milton Nascimento surgiu em um vídeo nas redes sociais nesta quarta-feira, 11, contando o que mais gosta de fazer na aposentadoria.
“As coisas que eu tenho mais gostado da minha aposentadoria é assistir meus vídeos antigos. Dá muita saudade”, disse o cantor, que completou 82 anos no fim de outubro.
Questionado se gostaria de fazer um show para matar a saudade, Milton é categórico: “Não”.
Portal Willian D’Ângelo
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