Dorival Júnior é demitido da Seleção Brasileira
Dorival Júnior não é mais o técnico da Seleção Brasileira. Após reunião com Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, nesta sexta-feira, 28, no Rio de Janeiro, o treinador foi demitido do comando depois de 14 meses no cargo. O estopim foi a derrota sofrida contra a Argentina na terça-feira por 4 a 1, em Buenos Aires, pelas eliminatórias da Copa do Mundo.
“Nos reunimos com o Dorival Júnior e também com o Rodrigo Caetano, que está aqui ao lado, e a CBF neste momento anuncia que encerrou o ciclo do Dorival. A gente agradece muito pelo trabalho que ele desempenhou à frente da Seleção Brasileira e a gente deseja para ele todo sucesso e novos desafios em sua carreira. Portanto, a partir de agora, vamos trabalhar na busca de um substituto”, disse o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, a repórteres presentes na sede da CBF.
Além de Dorival, deixam a Seleção Brasileira os auxiliares Lucas Silvestre e Pedro Sotero, além do preparador físico Celso Resende. O coordenador de seleções, Rodrigo Caetano, o auxiliar Juan e o gerente de seleções, Cícero Souza, permanecem nos cargos.
MESMO CENÁRIO
A seleção terá um quarto treinador neste ciclo para o Mundial de 2026. Um cenário que aconteceu pela última vez entre 1982, na Espanha, e 1986, no México. Carlos Alberto Parreira, Edu Coimbra, o irmão de Zico, Evaristo de Macedo e Telê Santana comandaram o Brasil. Era a ressaca depois de uma das equipes que encantou o mundo, o timaço de 82. O técnico na Espanha também foi Telê.
DORIVAL JÚNIOR NA SELEÇÃO
Em informações levantadas pelo Portal Willian D’Ângelo, Dorival Júnior assumiu a Seleção Brasileira em janeiro de 2024 e, em pouco mais de um ano de trabalho, comandou a equipe em 16 jogos, com 7 vitórias, 7 empates e 2 derrotas.
BRASIL COM PIOR CAMPANHA
Goleado pela Argentina por 4 a 1, o Brasil segue colecionando vexames nas Eliminatórias da Conmebol para a Copa do Mundo de 2026. Além de ter sofrido sua maior derrota na história da competição, em 141 jogos disputados, a seleção brasileira faz sua pior campanha desde a primeira participação no formato de pontos corridos, nas Eliminatórias da Copa de 2002.
Apenas na 4ª colocação, com 21 pontos, atrás da Argentina (líder e já classificada com 31 pontos), do Equador (23) e do Uruguai (21, mas com um saldo melhor), a seleção já soma 5 derrotas (mesmo número da Venezuela), algo que nunca havia acontecido anteriormente.
Em seis participações nas Eliminatórias da Conmebol por pontos corridos, essa campanha atual do Brasil é a pior de todas até a 14ª rodada, superando a de 2002, quando o time também ocupava a 4ª colocação, mas com 3 pontos a mais.
Naquela edição, a situação ficou desesperadora depois, já que o Brasil perdeu para a Argentina na 15ª rodada e para a Bolívia na 17ª, chegando à última partida com chance de ficar de fora do Mundial pela primeira vez, já que apenas os quatro primeiros se classificavam.
O último jogo foi em casa, contra a Venezuela, e o Brasil garantiu sua classificação com uma vitória por 3 a 0, com dois gols de Luizão. Na Copa do Mundo do Japão e da Coreia do Sul, depois, a história foi outra e a seleção brasileira conquistou o penta com 100% de aproveitamento em 7 jogos.

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