A máquina, o negócio e o calendário do futebol brasileiro

Você já parou pra pensar no que virou o futebol brasileiro? Não aquele que encantava com dribles desconcertantes e gols de placa. Estou falando do futebol que virou máquina, uma engrenagem que não para, mesmo quando claramente precisa de manutenção.


De tanto uso, a máquina troca peças. Um jogador se machuca, entra outro. Técnico caiu? Já tem substituto pronto. Ninguém respira. Ninguém reflete. Só gira.

O calendário é um capítulo à parte. São jogos empilhados semana após semana: estaduais, Copas, Brasileirão, Libertadores, Sul-Americana, além de jogos na segunda, terça, na quinta, no domingo. Jogo em cima de jogo. Corpo em cima de corpo. E quando tem data FIFA, a gente joga assim mesmo. Com o que tiver.


O problema é que, nesse ritmo, a arte vai ficando pelo caminho. Os talentos se vão cedo, vendidos como promessas. Os craques que encantavam agora estão exaustos, um exemplo disso é o jogador Neymar Junior, lesionados ou lá fora, vestindo outras camisas. Os gramados, antes palco de espetáculo, viraram cenário de sobrevivência.


Enquanto isso, os clubes se comportam como empresas, mas muitas sem planejamento, a maioria com enormes dívidas, sem visão, vivendo o hoje como se o amanhã fosse problema de outro. Tudo gira em torno do dinheiro, do contrato, da exposição da marca. A camisa, símbolo de paixão, agora carrega mais patrocinadores do que identidade.


E o torcedor? Esse ainda resiste. Vai ao estádio, liga a TV, canta, vibra, chora, se emociona, grita a cada gol do seu time, sofre. Porque o amor é maior do que o sistema. Mas até quando? Considerando os quatros pilares do jogador de futebol para performar em alta qualidade, alinhando técnica, tática, física e mental, fica praticamente impossível de se alcançar desempenho satisfatório, alto rendimento, com essa loucura de calendário. Podemos citar o caso do Flamengo que a partir do mês de agosto, estará disputando Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro e Libertadores, e está com diversos jogadores na “oficina” para reparo, Alex Sandro, Nico De La Cruz, Ayrton Lucas, Erick Pulgar,
Michael, Plata, Allan, e ainda podemos citar o Pedro que voltou agora de grave contusão e frequentou o departamento medico por um longo período.


Tudo isso faz a gente viajar no tempo, faz pensar com saudades de quando se jogava por amor a camisa, o jogador assinava o contrato em branco com o seu clube, caso de Paulo Henrique ex-lateral esquerdo do Flamengo e da seleção brasileira, brincava de jogar bola com seus dribles desconcertantes, levando seus
torcedores a loucura, sendo aplaudido de pé, abrindo o sorriso e abraçando qualquer um que via pela frente. 


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Pronto, Falei!  Toca o Barco.
Josafá Gomes

Josafá Gomes de Souza é graduado em Publicidade e Propaganda, Jornalista, Pós-graduado em Jornalismo Esportivo, Radialista, ex-supervisor do Macaé Esporte FC-RJ , membro do Conselho Deliberativo do Clube de Regatas Flamengo e colunista esportivo no Portal Willian D’Ângelo.

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