Coluna Josafá Gomes: Botafogo 2025 da glória à frustração
Do céu ao inferno, em menos de um ano. Se 2024 será lembrado como a temporada da glória com a conquista da Libertadores e do Brasileirão, 2025 já se desenha como o
retrato da ressaca, da dor de quem prova do doce da vitória e, logo em seguida, sente o amargo da realidade.
O Botafogo iniciou o ano sem treinador. Arthur Jorge saiu em 3 de janeiro, A ausência de comando foi como um navio à deriva, ainda iluminado pelo brilho dos títulos recentes, mas sem direção. O resultado foi imediato: derrota na Supercopa para o Flamengo, queda na Recopa diante do Racing, e uma campanha irreconhecível no Campeonato Carioca, terminando em nono lugar — posição que mais parece um deboche para quem vinha de um 2024 histórico.
As competições eliminatórias só aprofundaram o drama. Na Copa do Brasil, o carrasco foi o Vasco, em mais um capítulo doloroso do clássico. Na Libertadores, o adeus veio cedo, e o culpado foi a LDU, longe das noites épicas que o torcedor sonhava repetir.
No Brasileirão, o time oscila como um coração em arritmia. Contra o Mirassol, a cena foi simbólica: em casa, diante da própria torcida, o Botafogo abriu 3 a 0 no primeiro tempo, mas cedeu o empate em 3 a 3. O grito de vitória virou vaias, e o semblante de confiança se transformou em desespero.
O que resta é a matemática da esperança. Se não alcançar uma vaga para a Libertadores, o Botafogo viverá 2026 sem Copa do Brasil e sem o torneio continental. Apenas Estadual e Brasileiro. Um retrocesso que ecoa como ameaça sombria para quem experimentou a grandeza.
Assim, 2025 vai se tornando um ano de travessia — duro, cruel, quase punitivo. Talvez um aviso de que no futebol, a glória não aceita descuido, e que o peso da camisa só se sustenta quando há planejamento, comando e alma.
O Botafogo, que voltou a sonhar alto, agora encara o fantasma do esquecimento. O torcedor, esse eterno sofredor, segue em sua sina: acreditar, apesar de tudo. Porque se tem algo que não se perde em General Severiano, é a fé de que a estrela solitária ainda pode brilhar.
E fica a dúvida: será que o treinador Davide Ancelotti, sem experiencia como treinador, é o ideal para o alvinegro carioca?
Pronto falei. Toca o Barco
Josafá Gomes
Josafá Gomes de Sousa é graduado em Publicidade e Propaganda, jornalista, Pós Graduado em Jornalismo Esportivo, Radialista, ex-Supervisor do Macaé Esporte FC, membro do Conselho Deliberativo do Flamengo-RJ e colunista do Portal Willian D’Ângelo.
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